quinta-feira, 31 de março de 2011

Câncer de Mama: Já para Cozinha!

Ele é o tipo de câncer que mais amedronta a ala feminina.
E não é para menos.
De acordo com informações do Instituto Nacional do Câncer (Inca), trata-se do tumor com maior número de mortes entre as mulheres no Brasil (2,7 mil em 2005).
A boa notícia é que ele pode ser tratado e curado (as chances são maiores no estágio inicial).

A ótima notícia é que a doença pode ser prevenida, mas tudo vai depender do que você coloca no prato.
Comer tomate, cenoura, couve e outros vegetais de folhas verdes já é um bom começo para isso.

Uma das pesquisas mais recentes sobre o tema, publicada por um grupo de estudiosos da Escola de Saúde Pública de Harvard, nos Estados Unidos, sugere que consumir diariamente pelo menos duas porções de vegetais ricos em substâncias chamadas carotenoides (abundantes nos alimentos citados no parágrafo anterior) pode reduzir em 17% a chance de se desenvolver câncer de mama.

Apesar de não se ter conhecimento sobre todas as causas que levam à doença (20% delas podem ser hereditárias), sabe-se que alguns fatores de risco contribuem - e muito! - para o seu surgimento, tais como a idade, primeira gravidez ou menopausa tardias, primeira menstruação precoce e, claro, a má alimentação, "que é responsável por 35% da incidência de tumores", diz a nutricionista Luciene Assaf, do Hospital A.C. Camargo (SP).

CAROTENOIDES: PRONTOS PARA A LUTA

Segundo Luciene Assaf, "os alimentos dessa família se destacam porque possuem efeito antioxidante e compostos bioativos que atuam no ciclo celular, estimulando o funcionamento do sistema imunológico".
Isso significa que, além de proteger suas células contra a ação perigosa dos radicais livres, eles ainda ajudam a blindar o seu organismo.

Os pesquisadores da Harvard, no entanto, notaram que só as mulheres na prémenopausa saíram beneficiadas com o consumo diário de vitamina A, betacaroteno, alfacaroteno e luteína/zeaxantina, substâncias que fazem parte do clã dos carotenoides.
"Nessa etapa da vida, a porcentagem de mulheres que apresentam tumores por causa de questões hormonais é menor", explica a nutricionista.

Para a oncologista Célia Tosselo, do Instituto Brasileiro de Controle do Câncer (IBCC), apesar da força desses vegetais na prevenção da doença ser evidente, é bom ficar atento e não exagerar na dose. Isso porque ainda não se sabe quais os danos que outras substâncias presentes nos alimentos, como inseticidas e adubos utilizados no cultivo, podem causar à saúde.

DIRETO NO PRATO

Como ainda não existe um consenso em relação à quantidade ideal a ser ingerida para ajudar a barrar a doença (é bom lembrar que são necessários muitos outros estudos para chegar a determinadas conclusões), a dica é ingerir diariamente de quatro a cinco porções de verduras e legumes, sem contar as frutas, que devem aparecer na mesma quantidade.

"O segredo é variar os itens. Por exemplo, em um dia coma mamão, laranja, goiaba e melancia, além de tomate, pimentão, cenoura e couve", ensina a nutricionista do Hospital A.C. Camargo.
Ela ainda ressalta que é bom ficar de olho na biodisponibilidade dos alimentos, que muda conforme o tipo de preparo.

Xiii, complicou?
Relaxe, pois só a palavra é difícil.
Na prática, isso quer dizer que muitos itens podem perder suas propriedades nutricionais ao serem manipulados na cozinha.
Exemplo: o licopeno, um composto bioativo da família dos carotenoides (aquele encontrado no tomate), é mais disponível quando aquecido.

"Pensando nisso, para tirar vantagem dos benefícios do licopeno, muito estudado quando o assunto é prevenção do câncer, o ideal é consumir o molho de tomate, e não os tomates crus", ensina.

Na próxima ida ao mercado, anote algumas de suas fontes para colocar no carrinho: suco de tomate enlatado, goiaba, suco de goiaba, melancia, molho ou extrato de tomate, tomate e damasco fresco.
Para caprichar, aposte em fontes de outros tipos de carotenoides.
"Escolha vegetais ou frutas alaranjados, como mamão, cenoura e pimentão", recomenda Luciene Assaf.

COZINHA: CAMPO MINADO

É nesse local em que o câncer de mama perde forças na luta contra o seu organismo.
Afinal, não são apenas os alimentos ricos em carotenoides que têm fama de arqui-inimigos da doença.

Outro grupo importante é formado por aqueles carregados de vitamina E.
"Por isso, as mulheres devem aumentar o consumo de oleaginosas, como nozes e castanhas, semente de linhaça e azeite de oliva que, além de serem fontes dessa vitamina, possuem ômega-3", recomenda a nutricionista.

Segundo ela, esses nutrientes funcionam como antioxidantes e ainda amenizam processos inflamatórios.
Encontrada em abundância em qualquer supermercado, como parte dos mais variados produtos, a soja é constantemente ligada à prevenção do câncer de mama.

Isso porque é a principal fonte alimentar de isoflavona, composto conhecido como fitoestrógeno (pois age de forma similar ao hormônio feminino estrogênio) e que parece inibir enzimas ligadas ao desenvolvimento do câncer, além de atuar como antioxidante.

De acordo com Célia Tosselo, a melhor dieta contra o desenvolvimento de um câncer deve ser rica em fibras, incluindo vegetais e legumes em quantidades adequadas.
Reduzir o consumo de gorduras também é imprescindível, bem como praticar atividades físicas.

A nutricionista do Hospital A.C. Camargo completa, afirmando que "os alimentos conhecidos como mais perigosos são os embutidos, industrializados e processados, como presunto, salame, salsicha, hambúrguer, além de churrasco ou carnes vermelhas preparadas diretamente em alta temperatura".

Escudos naturais

A lista abaixo informa sobre os alimentos que possuem carotenoides e os tipos existentes deles

Compostos
Carotenóides Fontes alimentares
Alfa e betacaroteno: Buriti, vegetais verdes folhudos, manga, cenoura, batatas, manga, etc.
Licopeno: Pitanga, tomate, mamão e goiaba
Zeaxantina: Vegetais verdes folhudos, piqui, milho em lata, nectarina, pêssego
Criptoxantina: Cajá, mamão papaia, nectarina, pêssego, piqui
Luteína: Abóbora, abóbrinha, vegetais verdes folhudos, pimenta etc.

Crepe de espinafre com cenoura


INGREDIENTES
1 e ½ colher (sopa) de azeite
1 xícara (chá) de farinha de trigo
1 xícara (chá) de espinafre cozido
1 cenoura ralada
1 colher (chá) de sal
1 fatia grossa de ricota
1 colher (sopa) de salsa
1 copo de suco de laranja sem açúcar
1 cebola
3 colheres (sopa) rasas de farinha de trigo
1 colher (sopa) de hortelã
1 ovo
1/3 de xícara (chá) de leite semidesnatado
1 xícara (chá) de água filtrada

PREPARO DA MASSA
Coloque no liquidificador o azeite, o ovo, a farinha de trigo, o espinafre cozido, o sal e a água. Bata até formar uma massa homogênea. Em uma frigideira, coloque o azeite. Esquente e, em seguida, despeje parte da massa para fazer um crepe. Faça oito crepes finos. Reserve-os.

PREPARO DO RECHEIO
Desmanche a ricota no leite e adicione a cenoura ralada, o sal e a salsinha. Coloque em uma panela e leve ao fogo baixo até formar um creme. Retire do fogo e recheie os crepes. Reserve-os.

PREPARO DO MOLHO
Bata no liquidificador o suco de laranja, a cebola picada, três colheres de farinha de trigo, sal e hortelã, até formar um creme liso. Transfira para uma panela e leve ao fogo baixo para cozinhar por 5 minutos ou até ficar encorpado. Cubra os crepes com o molho, aqueça-os um pouco no forno e sirva a seguir.

RENDIMENTO
8 porções

Farofa de couve

INGREDIENTES
1 maço de couve
1 dente de alho
1 cebola pequena
1 colher (sobremesa) de azeite
1 pitada de sal light
1 xícara (chá) de farinha de mandioca ou de milho

PREPARO
Refogue o azeite, a cebola e o alho picados. Acrescente a couve picada bem fininha e o sal, deixando até murchar. Acrescente a farinha de mandioca torrada, mexendo para envolver. Sirva a seguir.

RENDIMENTO
6 porções

Bolo de cenoura light

INGREDIENTES DA MASSA
2 cenouras grandes
2 xícaras (chá) de farinha de trigo
½ xícara (chá) de adoçante em pó (forno e fogão)
1 colher (sopa) de fermento em pó
4 ovos
½ xícara (chá) de óleo

INGREDIENTES DA COBERTURA
3 colheres (sopa) de cacau em pó
2 colheres (sopa) de adoçante em pó (forno e fogão)
½ xícara (chá) de leite desnatado
1 colher (sopa) de margarina light

PREPARO DA MASSA
Preaqueça o forno a 180ºC (temperatura média).
Unte uma assadeira com margarina e polvilhe com farinha de trigo.
Peneire a farinha de trigo, o fermento e o adoçante.
Limpe as cenouras e corte em pedaços.
No liquidificador, coloque as cenouras, os ovos sem as cascas e o óleo.
Bata até obter um creme homogêneo.
Transfira o creme do liquidificador para uma tigela.
Junte os ingredientes peneirados, aos poucos, e mexa bem com uma colher.
Na forma untada, coloque a massa e leve ao forno para assar por 50 minutos.
Para verificar se o bolo está assado, espete um palito.
Se o palito sair limpo, está pronto.
Retire do forno, deixe esfriar por alguns minutos e desenforme sobre um prato.

PREPARO DA COBERTURA
Em uma panela pequena, coloque todos os ingredientes e leve ao fogo baixo.
Mexa por três minutos ou até que a calda comece a engrossar.
Retire a panela do fogo e despeje a cobertura no bolo.

RENDIMENTO
8 pedaços

terça-feira, 29 de março de 2011

Espiritualidade no tratamento do câncer

O tema tem tanta relevância hoje na medicina que está em estudo na Organização Mundial de Saúde (OMS) a mudança do conceito de saúde de “Bem-estar biopsicosocial” para “Biopsicosocial e espiritual”.

Evidências científicas atestam que, especialmente no caso do câncer, em que o desgaste emocional e físico é imensamente maior para os pacientes, há uma resposta melhor ao tratamento quando existe suporte espiritual. Ultimamente, diversos congressos médicos têm abordado a importância desse tipo de assistência como elemento de saúde.

Como explica o cirurgião oncológico José Adalberto Oliveira, chefe da Divisão de Cirurgia do Hospital do Câncer I, do INCA, não há especificamente uma relação entre espiritualidade e câncer e sim, entre espiritualidade e saúde.

- O câncer ganha dimensão dentro deste aspecto por se tratar de uma doença predominante, sendo a segunda causa de morte em nosso país – destaca José Adalberto.

Fonte: www.inca.gov.br

domingo, 27 de março de 2011

Alteração do paladar - Parte II

Lembrando que as alterações de paladar também podem ocorrer por conseqüências de deficiências nutricionais pelo próprio fato do paciente já está com sua baixa aceitação alimentar. Deficências de zinco, ferro e vitamina B12 podem provocar alterações do paladar, fique atento nos alimentos ricos nestes nutrientes.
É importante realizar exames laboratórias e inquérito alimentar para verificar uma possível deficiência. Consulte sempre seu médico e/ou nutricionista.

Alimentos Ricos em Zinco
Frutas
Abacate, abacaxi, ameixa, banana, figo, framboesa, maça, manga, melão, morango, laranja, limão, pera, pêssego e uva, ameixa seca, amêndoas, amendoins, castanha de caju, castanha do pará, nozes, tâmaras, uvas passas
Legumes
Abóbora, acelga, alface,agrião, batata, batata-doce, beterraba e brócolos
Cebola, cenoura, cogumelo, couve, couve-flor, ervilha, espargo,espinafre
Fava, feijões, feijão verde, feijão branco, nabo, pepino, pimentão, rabanete, repolho, tomate
Cereais e leguminosas
Arroz, arroz integral, aveia, centeio, farinha e flocos de milho, farinha de trigo, farinha integral, pão de centeio e integral, grão-de-bico, lentilhas, soja
Frutos do Mar
Camarão,caranguejo, lulas, mexilhões, ostras
Outras opções
Carnes, chá verde, chocolate, fígado, leite e seus derivados (preferência à base de soja)

Alimentos Ricos em Ferro
Fígado de boi,carne verrmelha ou caldo de carne caseiro, coração de galinha, fígado de galinha, fécula de batata, peixe, gema de ovo, feijão em grão (consumir com com suco de laranja puro para melhor absorção do erro), lentilha, ervilha e lentilha, inhame cozido, broto e semente de abóbora – cozida,moída e misturada na alimentação, aveia Instantânea, cevada,pão integral,trigo cozido e germe de trigo, Beterraba (o talo mais próximo dela e suas folhas ) – no suco de frutas cítricas ou no caldo de feijão, folhas escuras (espinafre,couve,brócolis,agrião), melado

Alimentos Ricos em Vitamina B12
É encontrada em alimentos de origem animal como o fígado, carnes vermelhas, peixe, ovos e laticínios.

Consuma Alimentos Mais Ricos em Ferro

*Incluir diariamente alimentos ricos em ferro na dieta;

*Deve-se ter o cuidado de ingerir os alimentos ricos em ferro juntamente com os que contenham vitamina C, para que o ferro seja melhor absorvido pelo organismo;

*Fontes de vitamina C: Laranja (ou suco preparado e ingerido imediatamente), limão(ou suco preparado e ingerido imediatamente),Bergamota, kiwi, manga,melão, tomate, vegetais verde folhosos(brócolis, salsa, couve);

*Deve ser evitado a ingestão de alimentos fontes de ferro com aqueles ricos em cálcio(queijo, iogurte, leite). Também não ingerir com chá preto, café ou chimarrão;

*Conheça os alimentos fontes de ferro:

-Espinafre, brócolis, couve, alho, cebola, salsa;
-Vegetais verde-escuros;
-Feijão, ervilha, lentilha;
-Beterraba e folhas de beterraba;
-Maçã, abacate, pêra, pêssego, morango, melancia, ameixa preta;
-Carne de gado magra (principalmente), aves, peixes e gema de ovo;
-Melado;
-Fígado.

*Procurar oferecer suco rico em ferro diariamente;

Receita de sucos ricos em ferro:

Receita 1
Ingredientes:
*2 cenouras pequenas
*3 folhas de espinafre
*2 folhas de alface
*2 rodelas de nabo
*2 ramos de salsinha
*1 copo de suco de laranja

Receita 2
Ingredientes:
-1/4 de beterraba média
-1/2 limão com a casca
-1 copo americano de água (200ml)
-Açúcar a gosto


Fonte: Nutricionista Fernanda Bortolon

quarta-feira, 23 de março de 2011

Mudança nas sensações de olfato e paladar

As sensações de olfato e paladar podem mudar durante o período de doença ou tratamento. Devido a uma condição a que se dá o nome de ageusia (perda ou enfraquecimento da sensação gustativa), os alimentos podem parecer
ter gosto amargo ou metálico, especialmente a carne ou outros alimentos ricos em proteínas. Outros parecerão ter menos sabor. A quimioterapia, a radioterapia ou o próprio câncer podem causar esses problemas. Os problemas
dentários também podem mudar o sabor dos alimentos. Na maioria dos casos, esse tipo de alteração gustativa e olfativa desaparece com o término do tratamento. Não há um modo infalível de melhorar o sabor e o cheiro
dos alimentos, porque cada pessoa é afetada de uma maneira diferente pela doença e por seus tratamentos. No entanto, as dicas abaixo poderão melhorar o gosto da sua comida (se você também tiver dor na boca, na
gengiva ou na garganta, fale com o médico ou com o nutricionista. Eles poderão sugerir maneiras de melhorar o gosto de seus alimentos sem ferir as áreas doloridas).

- Escolha e prepare alimentos que lhe pareçam ter boa aparência e bom odor.
- Se a carne vermelha (por exemplo, o bife) tiver sabor ou odor estranho, dê preferência à carne de frango, peru, peixe, ovos ou aos laticínios, mas que não tenham cheiro forte.
- Melhore o aroma da carne de boi, frango ou peixe deixando a de molho em sucos doces de frutas, vinho doce, molho de vinagre ou agridoce.
- Tente usar pequena quantidade de ervas aromatizantes, como manjericão, orégano ou alecrim.
- Evite alimentos muito quentes ou muito gelados.
- Tente usar talheres de plástico caso os talheres de metal estejam interferindo ainda mais no sabor dos alimentos.
- Enxágüe a boca antes das refeições.
- Experimente alguns ingredientes como suco de laranja ou limão,
picles, vinagre. Um creme de limão pode ter ótimo sabor e ainda fornecer proteínas e calorias (não faça isso se tiver dor na boca ou na garganta).
- Experimente balas azedas ou de hortelã

segunda-feira, 21 de março de 2011

Câncer de Mama e Ganho de Peso

O ganho de peso em pacientes com câncer de mama após o diagnóstico, durante e após tratamento quimioterápico é um fenômeno amplamente estudado. Mulheres com câncer de mama, em tratamento quimioterápico adjuvante, apresentam tendência progressiva ao ganho de peso. Entretanto, a causa desse ganho não é clara e pode ser associada ingestão alimentar aumentada, decréscimo da atividade física, alteração da taxa metabólica basal ou estado de menopausa. Um estudo com pacientes em tratamento quimioterápico adjuvante, verificou ganho de peso de 3,6 kg em mulheres pós-menopausadas e de 5,9 kg em mulheres pré-menopausadas. O ganho de peso durante o tratamento quimioterápico adjuvante pode estar relacionado com o maior índice de recidiva e menor sobrevida nessas pacientes. Portanto, as pacientes com diagnóstico de câncer de mama, submetidas ao tratamento quimioterápico necessitam de suporte multidisciplinar e, sobretudo nutricional, de modo a minimizar os efeitos colaterais do tratamento, como o ganho de peso.
Uma dieta pobre em gorduras e controlada em calorias pode ser iniciada durante o tratamento e mantida no período de recuperação. As pessoas devem ser encorajadas a manter hábitos saudáveis com uma atividade física leve durante o tratamento e de acordo com a orientação médica, pois além de ser uma alternativa para manter a massa muscular evita também o excesso ou ganho de peso. Essas medidas são importantes, pois o excesso de peso pode piorar o prognóstico para alguns tipos de câncer, dentre eles o câncer de mama.

Má alimentação aumenta casos de câncer no estômago

Carnes gordurosas, frituras e alimentos de procedência desconhecida têm contribuído para novos casos de câncer no estômago. Os hábitos alimentares, na maioria das vezes, são responsáveis por doenças graves.

Os sintomas iniciais podem ser os do câncer de estômago, no entanto, também podem ser facilmente confundidos com outros problemas na região estomacal, como dores no abdômen e náuseas. E esse é um fator perigoso que evita o tratamento precoce.

Os homens são as maiores vítimas do câncer que pode surgir a partir dos 30 anos, mas é mais frequente aos 50.

O câncer de estômago é o segundo que mais mata no mundo depois do câncer de pulmão. Segundo estimativas do Inca (Instituto Nacional do Câncer) só neste ano no Brasil mais de 21 mil pessoas devem ser diagnosticados com a doença. Mas apesar de ser grave, na maioria das vezes, os casos podem ser curados com cirurgia.

Na maioria dos casos, o procedimento consiste na retirada no estômago. Então, o esôfago é ligado diretamente ao instestino. A duração da cirurgia é de seis horas. E depois da recuperação, o paciente passa a ter uma vida normal.

domingo, 20 de março de 2011

Receitas do Chef Ferran Adrià para Pacientes com Câncer

Confira dicas alimentares e receitas do chef catalão Ferran Adrià elaboradas para pacientes com câncer pela AECC (Asociación Española contra el Cáncer) contidas no livro "Alimentación y Cáncer", editado pela AECC.

PARA INFLAMAÇÃO DA MUCOSA DA BOCA E DA GARGANTA (MUCOSITE)
Sopa de aspargos com azeite de oliva
(Para 2 pessoas)

INGREDIENTES
1 maço de aspargos verdes
2 colheres de creme de leite fresco
2 colheres de azeite de oliva

PREPARO
Ferva os aspargos em água com sal. Corte as pontas deles. Pegue a parte macia dos talos, ferva em água por três minutos e refresque rapidamente em água bem fria com sal para que não perca a cor nem passe do cozimento. Branqueie as pontas dos aspargos al dente --mergulhando-as na mesma água do cozimento anterior por dois minutos e passando-as em água fria-- e deixe esfriar. Bata os talos no liquidificador e acerte o sal. Monte a sopa com as pontas dos aspargos, uma colher de creme de leite batido e um fio de azeite.

DICAS
- Evite comidas que possam irritar as mucosas, como suco de laranja ou limão, e alimentos muito condimentados, salgados ou duros
- Prefira alimentos moles, como purês, queijo e banana
- Procure consumir os alimentos frios ou em temperatura ambiente. O calor pode irritar ainda mais a mucosa .

PARA ALTERAÇÃO DO GOSTO E DO OLFATO
Creme frio de ervilhas com hortelã
(Para quatro pessoas)

INGREDIENTES
400 g de ervilhas
500 ml de água
25 g de presunto magro
1/2 maço de hortelã
100 g de óleo de girassol

PREPARO
Coloque a àgua para ferver e adicione as ervilhas. Retire-as do fogo e triture até conseguir um creme bem fino. Coe. Coloque pouquinho sal e deixe esfriar na geladeira. Enquanto isso, separe as folhas da hortelã e as triture com o óleo de girassol. Corte o "jamón" em tiras. Sirva em uma sopeira o creme com o "jamón" em cima e finalize com um fio do óleo de hortelã.

DICAS
- Substitua a carne vermelha por frango, peru, ovos ou legumes, que têm cheiro e sabor menos intensos
- Sirva a comida em temperatura ambiente ou fria (exalam menos cheiro)
- Se o cheiro te desagrada enquanto cozinha, peça a algum familiar que faça isso em seu lugar
- Mantenha uma boa higiene oral e dental

PARA NÁUSEAS E VÔMITOS
Sopa de melancia e tomate com manjericão
(para duas pessoas)

INGREDIENTES
3 tomates
1/4 de melancia
Sal e pimenta
* Para o azeite de alfavaca
2 raminhos de alfavaca fresca
1 copinho de azeite de oliva
* Guarnição
6 cubinhos de melancia
6 tomates-cereja
6 folhinhas de alfavaca

PREPARO
Coloque água para ferver. À parte, corte em pedaços a melancia e os tomates e triture-os bem fino (reserve seis cubinhos quadrados de melancia sem triturar). Passe a sopa por um coador para retirar grumos e caroços. Tempere com sal e pimenta. Escalde os tomates-cereja por alguns segundos na água fervente, deixe que esfriem e descasque-os. Desfolhe a alfavaca e triture com o azeite de oliva. Acerte o sal. Monte o prato com a sopa, os cubos de melancia, os tomates-cereja descascados, as folhas de alfavaca e um fio do azeite de alfavaca.

DICAS
- Coma pouca quantidade por vez, fracionando de cinco a seis refeições ao dia
- Prefira comidas em temperatura ambiente ou frescas, já que as quentes podem favorecer o aparecimento de náuseas
- Coma devagar, mastigando bem os alimentos
- Evite comidas ricas em gordura (frituras, leite integral, molhos), que dificultam a digestão

PARA DIARRÉIA
"Batida" de arroz com canela
(Para quatro pessoas)

INGREDIENTES
500 ml de água
50 g de açúcar
100 g de arroz cozido
1/2 pau de canela

PREPARO
Misture a água com o arroz e o açúcar. Triture com a ajuda de um batedor de ovos. Adicione a canela, misture e tampe. Deixe descansar na geladeira por cerca de 12 horas. Retire a canela e volte a triturar um pouco mais. Observe que, depois do repouso, ao voltar a triturar a mistura, esta adquire uma cor branca opaca parecida com a do leite. Coe em um coador fino e sirva. Consuma sempre bem fria e agite antes de servir.

DICAS
- Nas primeiras horas após a diarréia, não coma nada, para que o intestino descanse.
- Duas ou três horas depois, introduza lentamente líquidos, tomados em pequenos goles a cada cinco ou dez minutos.
- Quando a diarréia começar a melhorar, consuma alimentos sem gordura e de fácil digestão em pequenas quantidades (arroz, frango ou peixe ensopados etc.)

sexta-feira, 18 de março de 2011

Nutrição em Oncologia e Assuntos do Mundo do Câncer: Prato Cheio Contra o Câncer

Nutrição em Oncologia e Assuntos do Mundo do Câncer: Prato Cheio Contra o Câncer: "O câncer possui uma relação íntima com os hábitos de vida e, conseqüentemente, com os hábitos alimentares. Segundo a Organização Mundial de ..."

Prato Cheio Contra o Câncer

O câncer possui uma relação íntima com os hábitos de vida e, conseqüentemente, com os hábitos alimentares. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 30% dos casos de câncer provavelmente estão relacionados à nutrição. Dietas hipercalórica, ricas em proteínas e gorduras de origem animal, pobres em fibras e combinadas a uma vida sedentária, estatisticamente, aumentam o risco de surgimento do câncer de intestino, próstata e mama, por exemplo.

Os bons hábitos alimentares são essenciais tanto para a prevenção quanto para o tratamento oncológico. O oncologista Ricardo Antunes, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cancerologia (SBC), lembra que uma alimentação equilibrada associada a um estilo de vida saudável pode reduzir a incidência de casos de câncer. "A qualidade da alimentação é sinônimo de qualidade de vida."

A alimentação adequada não só previne como também é essencial ao paciente oncológico em todas as fases da doença. O paciente pode ganhar ou perder peso, dependendo do tipo de tratamento realizado, e um acompanhamento nutricional especializado e individualizado pode ser necessário. ‘Uma alimentação variada em frutas, verduras e legumes em quantidades adequadas mantém o equilíbrio do sistema imunológico e contribui para uma melhor qualidade de vida do paciente e uma melhor resposta ao tratamento. Em alguns casos, o paciente necessita uma dieta hipercalórica ou somente determinados complementos e/sou suplementos nutricionais.

Ao adotar hábitos alimentares saudáveis, o paciente, mantendo um peso corporal saudável e reservas de nutrientes, pode se recuperar mais rapidamente e manter uma boa integridade física durante o tratamento. Ninguém aqui está falando para abandonar a pizza do final de semana e o salgadinho das festas de família. Mas com equilíbrio e moderação (e isto vale para todos os hábitos na vida), a máquina do corpo humano funciona com muito mais eficiência.

Dicas

Um ambiente tranqüilo e aconchegante ajuda a tornar o ato de comer mais agradável para o paciente. Se não tiver fome, procure dividir as refeições ao longo do dia em quantidades menores. Se a boca está seca, uma boa alternativa são balas de limão, hortelã ou gomas sem açúcar.

Tratamento Humanizado do Câncer

Falar de humanização na medicina é redundante a princípio, uma vez que o médico trabalha diretamente com seres humanos. Hipócrates, o pai da medicina, a definiu como uma prática humanista. É possível tratar o ‘ser humano’ sem ‘ser’ humano? Para compreender esta questão, é preciso voltar um pouco no tempo.

Até a década de 70, o médico podia doar-se mais no seu dia-a-dia. Não havia tanta tecnologia e a relação médico-paciente era mais intensa. Havia sempre a presença do médico de família, figura rara nos dias de hoje embora haja tendência ao retorno desta prática. Nas últimas décadas, muita coisa mudou. A medicina evoluiu com a introdução de novas e surpreendentes tecnologias. No tratamento do câncer, a associação de terapias e procedimentos (cirurgia, quimioterapia, radioterapia, hormonioterapia, entre outros) tem mostrado excelentes resultados.

A forma de praticar a medicina mudou e a relação médico-paciente também. Boa parte do tempo do médico passou a ser dedicado às tecnologias e suas aplicações em detrimento às relações humanas. Em alguns casos passou-se a tratar somente a doença e não o doente.

Neste contexto, o que o paciente espera de seu médico? Espera que ele possa tratá-lo como um todo, sendo objetivo, preciso, lançando mão de todos os recursos médicos disponíveis e cuidando de todos os aspectos do paciente. O médico, no exercício do seu ofício, se depara também com os medos, as incertezas e as angústias dos pacientes e seus familiares.

Com o acúmulo de conhecimentos especializados em diversas áreas surgiram profissionais altamente especializados que compõe a chamada equipe multiprofissional, o que complementa o tratamento técnico do médico contribuindo para o tratamento global do paciente.

No consultório médico, o tempo é ocupado pela doença, pelo conhecimento e pelo relacionamento de confiança e interpessoal entre médico, paciente e família. Uma equipe multiprofissional composta por enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas, farmacêuticos, fonoaudiólogos, dentistas, nutricionistas e assistentes sociais é essencial para um tratamento eficiente. A equipe multiprofissional globaliza o atendimento e para isso é fundamental que mantenha uma comunicação eficiente entre os profissionais envolvidos. Esta equipe deve considerar todos os aspectos do paciente. Nós médicos fazemos parte desta equipe. Cada integrante, com sua competência específica, trata uma necessidade do paciente.

A humanização é um princípio da prática médica. Tratar o paciente de forma integral com uma equipe INTERDISCIPLINAR é tratar apenas da parte física da doença. É tratar das emoções, do estigma negativo do câncer, da falta de informação, e dos direitos do paciente. É respeitar a individualidade do paciente e tratar também da família e isso vai muito além do diagnóstico e do tratamento oncológico.


Adaptado do texto de Ademir Torres Abrão (Cirurgião Oncológico)

quinta-feira, 17 de março de 2011

Problemas nutricionais resultantes do tratamento

Apresentamos os principais problemas relacionados à nutrição que cada um dos tratamentos contra o câncer pode gerar.

Quimioterapia

• Perda do apetite
• Alterações de paladar
• Mucosite, estomatite, esofagite, queilose, glossite
• Constipação
• Diarréia, má absorção, vômito, anorexia
• Anemia
• Função imunológica reduzida
• Ganho de peso

Radioterapia

• Náusea, vômito e perda geral do apetite
• Alterações de paladares e apetite
• Problemas dentários
• Mucosite
• Estenose esofágica, por radiação no tórax
• Diarréia e má imunológica reduzida
• Boca seca
• Dificuldade de deglutição

Imunoterapia

• Febre
• Náusea e vômitos
• Perda de peso
• Diarréia
• Anorexia
• Boca seca
• Alterações de paladar

Cirurgia

Antes da cirurgia, poderá ser prescrita uma alimentação específica (por sonda, ex.) se o paciente estiver desnutrido.

Após a cirurgia, alguns pacientes podem necessitar de terapia nutricional enteral ou parenteral, até a readaptação a alimentação normal, dependendo do caso e extensão da cirurgia.

quarta-feira, 16 de março de 2011

População deve consumir até 70g de carne vermelha por dia

As pessoas devem limitar a quantidade de carne vermelha da dieta ao equivalente a três fatias de presunto, uma costeleta de cordeiro ou duas fatias de rosbife por dia, advertiram assessores do governo britânico nesta sexta-feira.

A informação foi publicada no site do jornal britânico "The Telegraph".

O CSN (Comitê Científico Consultivo em Nutrição), divulgou as recomendações com o intuito de reduzir o risco de câncer de intestino entre a população.

Evidências sugerem que o consumo de carne vermelha e processada aumenta as chances de contrair a doença e que as pessoas que comem 90 g ou mais por dia devem diminuir a quantidade.

Reduzir à média de 70 g por dia pode ajudar a diminuir o risco, disse o estudo da CSN.

A carne vermelha contém substâncias que já foram associadas ao câncer de intestino. Um composto em particular, que dá cor ao alimento, danifica o revestimento do cólon, de acordo com pesquisas anteriores.

O WCRF (World Cancer Research Fund) recomenda limitar o consumo a 500 g de carne vermelha cozida por semana (cerca de 700 g a 750 g de carne crua).

Ainda diz que as pessoas devem evitar carnes processadas por causa do risco ainda maior de câncer de intestino.

A estimativa do comitê é que 3.800 casos de câncer de intestino poderiam ser evitados se todos comessem menos de 70 g de carne processada por semana, e que cerca de 1.900 também poderiam ser prevenidos pela redução do consumo de carne vermelha para menos de 70 g por semana.

A carne processada é geralmente definida como qualquer carne defumada, salgada ou com conservantes químicos. Especialistas acreditam que este processo provoca a formação de carcinógenos [substâncias que afetam o DNA das células normais do epitélio respiratório, causando mutações em seu código genético], que podem danificar as células do corpo e permitir que o câncer se desenvolva.

O governo publicou nesta sexta uma lista do que é considerado uma porção de 70 g de carne vermelha ou processada: uma fatia fina de bacon; dois hambúrgueres de carne de vaca; seis fatias de salame; uma costeleta de cordeiro; duas fatias de rosbife de cordeiro ou de porco; ou três fatias de presunto.

Os homens são mais propensos a comer mais carne vermelha e processada --42% comem mais do que 90 g por dia em comparação a 12% das mulheres.

Cerca de 90 g de carne cozida é equivalente a cerca de 130 g de carne crua, devido à perda de água durante o cozimento.


Folha de São Paulo

terça-feira, 15 de março de 2011

Gatos Auxiliam no Tratamento de Pacientes com Câncer

Quem tem um animal de estimação em casa sabe como ele alegra, ensina e até cura. Isso mesmo. A veterinária Karen Sueda, do American College of Veterinary Behaviorists decidiu comprovar. “Tive uma paciente que estava passando por radioterapia e quimioterapia, e ela realmente sentiu muito conforto e apoio através de seu gato, durante todo esse processo. Muitos tutores relatam que os pets- sejam eles cães ou gatos – promovem grande conforto e o mais importante, aceitação incondicional enquanto batalham em seus tratamentos contra o câncer”, afirma Karen Sueda, em entrevista ao site People Pets.com.

De acordo com uma pesquisa realizada pela fabricante Purina Cat Chow, 84% das mulheres que batalham contra o câncer de mama disseram que seus gatos as trouxeram calma. “Há diversos estudos que mostram que os animais diminuem a pressão sanguínea e podem até mesmo aumentar a longevidade”, declarou a veterinária.

Segundo Sueda, o que torna os animais tão benéficos a nossa saúde é o companheirismo. “Faz uma tremenda diferença tê-los quando você está passando por um momento difícil, especialmente no caso dos gatos, que necessitam bem menos de cuidados que os cães”.

fonte: http://www.petzine.com.br/pet/?p=1471

O câncer pode ser uma mensagem a partir de seu corpo

Ser diagnosticado com câncer é uma experiência de mudança de vida. No entanto, ele não precisa ser um negativo. O câncer entrou em sua vida para dar sinais que seu físico e emocional estão fora de equilíbrio. Milhares de pessoas já utilizaram o seu diagnóstico de câncer de mudar suas vidas para melhor - para aliviar o estresse e equilibrar seu interior de forma positiva.
O câncer é um sintoma físico de tensão emocional interna prolongada. Embora a maioria das pessoas suportam o estresse e o trauma durante a sua vida, é a nossa forma de lidar com o estresse - ou de não reprimir nossos sentimentos e interiorizar o estresse.
O câncer é uma mensagem para você - a partir de seu corpo. Ele está comunicando-lhe que algo não está bem dentro de você emocionalmente. O câncer não é uma sentença de morte, é uma oportunidade para cicatrizar o interior.

Cuidados paliativos, a vitória da vida enquanto ela durar

Ao contrário do que muitos pensam, adotá-los não significa desistir de tratar o paciente com doença grave e incurável. O importante é buscar atender o ser humano de forma integral e não olhar apenas a doença.
“Cuidados paliativos não dão dias à vida, mas dão vida aos dias”. A frase costuma ser dita por profissionais que atuam na assistência a pacientes com doenças graves e incuráveis para explicar o objetivo dessa área médica ainda pouco conhecida. Alguns acreditam que se trata de algo inócuo, que abreviará a vida do paciente, fazendo-o desistir do tratamento curativo e de outros recursos que a tecnologia médica oferece. Não é isso. Cuidados paliativos não visam a abreviar ou prolongar a vida. Seu foco não é a doença. É o doente, o ser humano em suas dimensões física, psicológica, social e espiritual.

Interromper a quimioterapia? Suspender a hemodiálise? Não ser entubado ou sedado? São escolhas difíceis para quem tem a morte diante de si, mas o paciente tem o direito a elas. Em qualquer caso a missão da medicina paliativa é assegurar conforto, dignidade e qualidade de vida ao doente e a seus familiares.

Os cuidados paliativos são reconhecidos pelo Conselho Regional de Medicina como um direito do paciente. Seu novo Código de Ética Médica estabelece que “nas situações clínicas irreversíveis e terminais, o médico evitará a realização de procedimentos diagnósticos e terapêuticos desnecessários e propiciará aos pacientes sob sua atenção todos os cuidados paliativos apropriados”.

Um número crescente de instituições tem uma área de cuidados paliativos, com médicos de várias especialidades, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas e assistentes sociais. Atuando de maneira integrada com a equipe médica principal, a tarefa desse grupo é proporcionar ao paciente uma assistência abrangente – no hospital ou em casa. Os cuidados incluem medicamentos e terapias para aliviar a dor e os sintomas, alimentação, hidratação e higiene e outros recursos para garantir o maior bem-estar possível, bem como apoio na perspectiva emocional ou espiritual e até serviços de ordem prática, como auxílio para sacar o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço.


Mas quem define qual é a hora de suspender o tratamento curativo ou de adotar apenas cuidados paliativos? Decisões como essas são tomadas de forma compartilhada. O diálogo é peça-chave para garantir que as ações respeitem a autonomia e a dignidade do paciente e o seu direito a escolhas (inclusive não querer se submeter a determinados tratamentos e procedimentos) e para definir suas prioridades, necessidades e objetivos. Cabe à equipe de cuidados paliativos ouvir o paciente e os familiares, explicar os impactos de suas escolhas, indicar as alternativas e agir segundo as decisões que tomarem.

O ideal é que o médico do paciente acione a área de cuidados paliativos assim que for diagnosticada uma doença grave e incurável, iniciando-se o diálogo já nesse momento. A assistência da equipe de cuidados paliativos seguirá em paralelo ao tratamento médico, estendendo-se também à família. Na fase inicial da doença, a medicina curativa tem papel predominante. Nos estágios avançados, são os cuidados paliativos que fazem a diferença, humanizando a assistência e trazendo conforto, atenção e carinho. Podem não dar mais dias de vida ao paciente. Mas certamente dão mais vida aos seus dias.

http://www.einstein.br/pagina-einstein/paginas/cuidados-paliativos-a-vitoria-da-vida-enquanto-ela-durar.aspx

Câncer infantil tem cura

Entre crianças e jovens, o índice de cura chega a 70%. O diagnóstico precoce e os novos tratamentos aumentam as chances de sucesso.
Depois dos acidentes, o câncer é a principal causa de morte entre crianças e adolescentes no Brasil. A cada ano são cerca de 10 mil novos casos de câncer pediátrico, ou infanto-juvenil, segundo as estimativas do Instituto Nacional de Câncer. A boa notícia é que hoje cerca de 70% desses pacientes podem ser curados. Dentre os fatores que têm contribuído para esse índice de sucesso estão o diagnóstico precoce, o desenvolvimento de drogas mais eficientes e a atenção ao contexto familiar e social do paciente.

O câncer pediátrico pode afetar qualquer célula do organismo, com mais frequência as do sistema sanguíneo. Ele raramente é hereditário e seu surgimento depende de alterações genéticas que ocorrem nas próprias células tumorais.

As leucemias respondem por uma parte importante dos casos - cerca de 30% do total - e têm incidência maior nos primeiros cinco anos de vida. Logo em seguida, estão os tumores primários de sistema nervoso central, linfomas, neuroblastomas, tumores renais e sarcomas. O tratamento fundamental é a quimioterapia. Apenas uma minoria de casos pode ser tratada exclusivamente com cirurgia e radioterapia. Nas leucemias e linfomas , utiliza-se o transplante de medula óssea de maneira complementar, pois ele auxilia o sistema imunológico do paciente e permite que ele receba doses mais altas de quimioterapia, o que é particularmente útil nos casos resistentes ao tratamento convencional.

Novas drogas quimioterápicas, mais eficazes e mais bem toleradas pelo organismo, têm favorecido o tratamento e aumentado os índices de controle da doença e de cura. A combinação dessas drogas diminui os efeitos colaterais e contribui para reduzir as necessidades de internação. Também permite que a criança mantenha uma rotina próxima do normal durante o tratamento.

Novos avanços, como as terapias alvo-dirigidas, baseadas em drogas que agem sobre anormalidades específicas de determinados tipos de tumor, também fazem com que os índices de cura continuem evoluindo, cada vez com menos efeitos colaterais. Pacientes com leucemia, por exemplo, que em 10 anos após o diagnóstico não apresentam manifestações colaterais graves nem o retorno da doença, passam a ter uma expectativa de vida semelhante à da população em geral.

Além do cuidado integral na recuperação biológica, é preciso garantir ao paciente e à sua família o apoio psicossocial necessário durante todo o processo. Para isso, é essencial o trabalho conjunto de médicos, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos, nutricionistas e farmacêuticos.

Se os tratamentos evoluíram, o diagnóstico precoce mantém-se como um fator-chave. Ele nem sempre é fácil. Na maioria dos casos, os sintomas não são específicos, podendo ser confundidos com doenças comuns da infância. Assim, o conhecimento e a ação do médico que acompanha a criança e a atenção dos pais são cruciais. Se a criança estiver com alguma queixa de saúde persistente, os pais devem ficar atentos. É mais provável que os sintomas estejam mesmo relacionados com problemas comuns da idade, mas é recomendável uma consulta ao pediatra. Muitas vezes, por desconhecimento ou medo da descoberta do câncer, os pais se negam a reconhecer os sintomas do filho e retardam a ida ao médico. Esse é o pior caminho. Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, maiores as chances de a criança superar a doença.

Fonte: http://www.einstein.br/pagina-einstein/Paginas/cancer-infantil-tem-cura.aspx

segunda-feira, 14 de março de 2011

Cerca de 60% dos pacientes com câncer de SP estão desnutridos

Um levantamento realizado pelo Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo) apontou que cerca de 60% dos pacientes atingidos pelo câncer correm risco nutricional. Segundo a pesquisa, grande parte dessas pessoas já chega para o tratamento com quadro de desnutrição.

Os pacientes oncológicos têm três vezes mais chance de apresentar problemas de alimentação do que os portadores de outras doenças. O estágio da enfermidade e a fase do tratamento são alguns dos fatores que podem causar efeitos colaterais, como a diminuição do apetite e alterações no paladar.

O instituto atende pessoas já diagnosticadas com câncer, por isso a maioria dos pacientes já chega ao hospital desnutrida ou com risco nutricional.

Nas UTIs (Unidade de Terapia Intensiva), este índice alcança 78% dos pacientes. Os números são semelhantes aos da unidade de pronto atendimento, que registra 72%.

Nas enfermarias cirúrgicas a média de pacientes desnutridos é de 20%, índice menor do que os 59% apresentados nas enfermarias da oncologia clínica geral.

Para reverter o quadro, a detecção da desnutrição deve ser feita no início do tratamento oncológico, além de uma ação nutricional imediata, que ajuda a curar a doença, informou o Icesp.

"A indicação de complementos alimentares logo no início do tratamento reduz em cerca de 10% a taxa de mortalidade, ou seja, quanto antes intervirmos, maior é a chance de cura. Porém, é fundamental que as pessoas tenham uma boa alimentação durante a vida para evitar problemas como esses", explica Thais Cardenas, coordenadora do setor de Nutrição e Dietética do Icesp.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/886874-cerca-de-60-dos-pacientes-com-cancer-de-sp-estao-desnutridos.shtml

quinta-feira, 10 de março de 2011

As Alterações nas Células do Sangue

Como conseqüência, os glóbulos brancos (leucócitos) e vermelhos (hemácias), assim como as plaquetas podem ter suas produções comprometidas, determinando queda em suas contagens no sangue. Até o momento não existe nenhum alimento específico que aumente a quantidade de células do sangue. O que você deve fazer é se alimentar de forma variada em qualidade e quantidade, pois uma alimentação adequada ajuda o organismo a combater a doença e a melhorar a resposta imunológica.

Anemia

Quando você apresentar anemia férrica (carência de ferro), alguns cuidados especiais devem ser tomados:

• Procure ingerir no almoço e jantar alimentos ricos em ferro, tais como: carnes, frango, fígado e peixe, verduras de folha verde-escura (couve, agrião, brócolis, etc...), e leguminosas (lentilha, feijão, ervilha).
• Não consuma leite, chá, café e refrigerante junto com o almoço e jantar. Estes alimentos dificultam a absorção do ferro pelo organismo. Manter um intervalo de pelo menos 1 hora, entre as refeições e o consumo destas bebidas.
• Ingira alimentos fontes de vitamina C (laranja, acerola, caju, limão) com as refeições (a vitamina C ajuda a absorção do ferro no organismo).
• Procure no mercado alimentos enriquecidos com ferro como: biscoitos e leites.


Redução dos leucócitos (leucopenia)

Os leucócitos são as células do sangue encarregadas da defesa do organismo contra infecções. Sendo constantemente produzidos pela medula óssea, circulam no sangue por alguns dias e migram para os tecidos onde vão destruir os microorganismos invasores. Por isso, a queda na contagem de leucócitos no sangue predispõe o organismo a contrair infecções por vírus, fungos e bactérias. A febre é um sinal de alerta para a existência de infecções no organismo.

A redução na contagem de leucócitos começa a se tornar evidente na segunda semana após a aplicação da quimioterapia.

Quando você apresentar leucopenia, alguns cuidados especiais devem ser tomados:

• Evite locais aglomerados e contato com pessoas portadoras de doenças infecto-contagiosas.
• Realizer higiene corporal adequada com banhos diários.
• Procure lavar-se após as evacuações.
• Não coloque supositórios nem realize lavagens intestinais.
• Evite a remoção de cutícula.
• Em caso de febre (temperatura maior que 37,8 ºC), deve-se comunicar imediatamente a equipe médica.
• Alimente-se adequadamente de acordo com as orientações anteriormente citadas, escolhendo alimentos de maior valor nutritivo, saudáveis e rigorosamente higienizados antes do consumo.
• Alimentos crus devem ser consumidos somente quando higienizados corretamente.
• Quando necessitar fazer as refeições fora de sua residência (bares, lanchonetes, restaurantes), procure não consumir alimentos crus e fique atento aos cuidados de higiene desses locais.

Como higienizar corretamente frutas, legumes e verduras?

• Selecione legumes, verduras e frutas frescas.
• Retire as partes estragadas ou amassadas.
• Lave em água corrente individualmente.
• Coloque em imersão em solução desinfetante.

Preparo da solução desinfetante caseira

Colocar uma colher de sopa de água sanitária sem odor ou hipoclorito de sódio para cada litro de água. Deixe nesta água por vinte minutos. Enxaguar com água filtrada.


Existem no mercado produtos industrializados de fácil acesso, tais como: Hidrosteril, Aquatabes ou Puriverd, que podem ser utilizados de acordo com as indicações nos rótulos.

Redução das plaquetas (plaquetopenia)


As plaquetas são elementos que bloqueiam a saída de sangue dos vasos sangüíneos em casos de lesão de suas paredes. A queda na contagem de plaquetas pode determinar o surgimento de pequenos sangramentos espontâneos e comprometer a capacidade do organismo para bloquear hemorragias em casos de acidentes.

Existe um medicamento injetável chamado Neumega, que funciona como profilaxia para evitar plaquetopenia por quimioterapia. Não adianta administar o medicamento quando a plaqueta está muito baixa. Converse com o seu médico para saber se há indicação no seu caso.

Quando você apresentar plaquetopenia, alguns cuidados especiais devem ser tomados:

• Evite o uso de lâminas de barbear (se possível, usar barbeador elétrico), alicates de cutícula e outros objetos cortantes.
• Não use fio dental ou escova de dentes com cerdas duras.
• Evite alimentos duros e crocantes.
Comunique a equipe médica caso apresente sangramento intestinal, urinário, gengival ou nasal, aparecimento de hematomas e petéquias (pontinhos avermelhados na pele).

É importante ressaltar que a super alimentação, isto é, comer exageradamente, somente aumentará seu peso e não irá melhorar seu exame de sangue para sua próxima quimioterapia

Mitos e Verdades na Alimentação

O termo alimentação representa muito a todos nós. É um assunto que todos acreditam conhecer profundamente e que está enraizado de forma tão profunda na cultura e tradição que muitas crenças relacionam os alimentos à saúde ou doenças. Algumas delas são verdadeiras, algumas parcialmente verdadeiras e outras falsas.

O profissional de nutrição é capacitado e responsável no esclarecimento de uma alimentação equilibrada separando o mito da realidade (não confundindo o folclore, lendas e crendices aos fatos científicos)

Derrubando mitos verdadeiro ou falso na alimentação:

Beterraba é uma das principais fontes de ferro
Falso - Os alimentos ricos em ferro são as carnes, os miúdos, as leguminosas (feijão, lentilha, ervilha e grão de bico) e as verduras de folhas verde-escuras (exceto espinafre). A beterraba, assim como outros legumes, contem vitaminas e minerais, mas não é rica em ferro.

Espinafre é uma excelente fonte de fero (o mito do Popeye)

Falso - Já se pensou, anteriormente que o espinafre era uma boa fonte de ferro, porém isso não é verdadeiro pela presença do ácido oxálico, que é um poderoso inibidor da absorção de ferro no organismo.

Suco de clorofila serve para aumentar plaquetas
Falso - Embora seja composto por vários vegetais (cada pessoa elabora de uma forma), esse suco contém várias vitaminas e minerais, mas não aumenta o número de plaquetas.

Vitamina C aumenta a absorção de ferro
VERDADEIRO. Ingerir algum alimento rico em vitamina C (laranja, acerola, caju, limão) com as refeições principais, contendo no almoço e jantar uma porção de leguminosa, vegetais e carnes para que assim a absorção do ferro presente nestes alimentos possa ser melhor aproveitada.

Não consumir leite, chá, café e refrigerante junto com as refeições principais (almoço e jantar)

Verdadeiro - Estas bebidas dificultam a absorção do ferro pelo organismo, devido a presença de cálcio e tanino na composição dos mesmos. Portanto, é importante manter um intervalo de pelo menos 1 hora, entre as refeições e o consumo destas.

Carne bovina é mais rica em ferro quando está malpassada ou “sangrando”

Falso - A carne vermelha é fonte de proteína e ferro in natura ou após a cocção pois mantém seus nutrientes. Porém, é importante prepará-la adequadamente e não consumi-la crua ou malpassada, pois aumenta o risco de intoxicação alimentar.

Suco de laranja com beringela reduz o colesterol

Parcialmente Verdadeiro - Este suco é efetivo quando associado a uma dieta equilibrada, pobre em gordura saturada (frituras, embutidos, queijos amarelos, doces gordurosos, manteiga e carnes gordas) e atividade física regular.


A cerveja, vinho e outras bebidas alcóolicas não são alimentos e por isso não engordam

Falso - A única bebida que não engorda é a água. Qualquer álcool que ingerimos é metabolizado imediatamente, mesmo quando as calorias que ele gera rapidamente não são transformadas diretamente em gordura, elas contribuem para a ingestão total de calorias e, assim, aumentam as chances de ganho de peso.

O chocolate vicia

Parcialmente Verdadeiro - Rigorosamente falando, comer chocolate não pode ser descrito como um vício. Entretanto, muitas pessoas sentem um desejo muito forte por chocolate, especialmente as mulheres. Estudos mostraram que, na segunda metade do ciclo menstrual, quando os níveis de estrogênio começam a cair, o chocolate proporciona os precursores para a serotonina, que tem um efeito calmante, e para as endorfinas que regulam o humor.

O chá de cogumelo melhora / fortalece o sangue

Falso - Ainda não existe nada comprovado cientificamente apesar de pesquisas estarem em andamento.

O peixe não pode ser consumido no pós-operatório

Falso - Isso é uma crença antiga. O peixe é um alimento que faz parte do grupo de alimentos construtores, ou seja, ajudam na formação de tecidos, defesa do organismo contra infecções, cicatrização de feridas e cirurgias, fortalecimento dos músculos e funcionamento do cérebro.


Fonte: www.oncoguia.com.br

quarta-feira, 9 de março de 2011

Suplementos antioxidantes e a prevenção do câncer

Muitas pessoas usam suplementos antioxidantes tais como as vitaminas A,C, e E; beta-caroteno e selênio com o objetivo de melhorar a sua saúde e prevenir o desenvolvimento de câncer.

Com o objetivo de avaliar os possíveis efeitos dos suplementos oxidantes na prevenção do câncer, Investigadores da Universidade de Seul realizaram uma revisão (meta-análise) de 22 estudos clínicos. Os dados de um total de 161.045 pacientes foram analisados. Desse total, 88610 fizeram uso de antioxidantes e 72435 pacientes não faziam uso de antioxidantes.

Como resultado, não foi encontrado benefício com o uso de suplementos antioxidantes na prevenção do desenvolvimento de câncer (risco relativo 0.99; 95% IC 0.96-1.03). O uso de suplementos antioxidantes não se mostrou efetivo tanto como prevenção primária (em pacientes que nunca tinham tido câncer), ou como secundária, em pacientes com diagnóstico prévio de câncer.

Também não foi encontrado qualquer dado que sugerisse benefício de um tipo particular de agente oxidante, ou ainda qualquer tipo de câncer que tivesse sua incidência diminuída pelo uso de antioxidantes. De fato, em 4 desses estudos clínicos, o uso de suplementos antioxidantes se correlacionou com um aumento da incidência de câncer de bexiga (risco relativo 1.52; 95% IC 1.06 – 2.17).

Os autores concluem que não existem evidências clínicas de prevenção primária ou secundária do câncer pelo uso de agentes antioxidantes, podendo mesmo haver efeito deletério para alguns tipos de câncer.

Fonte: Annals of Oncology – Jan/2010

Dez mandamentos contra o câncer

As recomendações do Fundo Mundial para Pesquisas de Câncer para prevenção da doença são:

1. Mantenha-se o mais magro possível, sem ficar abaixo do peso.

2. Mantenha-se fisicamente ativo, por pelo menos 30 minutos todos os dias.

3. Evite bebidas açucaradas e limite o consumo de alimentos de alto valor calórico.

4. Coma mais alimentos de origem vegetal, como hortaliças, frutas, cereais e grãos integrais.

5. Limite o consumo de carnes vermelhas e evite carnes processadas.

6. Se for consumir bebidas alcoólicas, limite-as a duas doses ao dia se for homem e a uma dose se for mulher.

7. Limite o consumo de alimentos salgados e de comidas industrializadas com sal.

8. Não use suplementos alimentares para se proteger contra o câncer.

9. Lembre sempre: não fume.

10. Amamente as crianças até os seis meses.

terça-feira, 8 de março de 2011

Extrato de guaraná pode ajudar a reduzir fadiga gerada por quimioterapia

Pesquisa brasileira testou o efeito do extrato da planta em mulheres durante tratamento de câncer de mama.
Cansaço afeta de 50% a 90% das pacientes que fazem quimioterapia; remédio natural custa pouco e não é tóxico

O guaraná, planta nativa da Amazônia muito usada na medicina popular como estimulante, pode também tratar a fadiga de mulheres com câncer de mama que passam pela quimioterapia. Esse sintoma afeta de 50% a 90% dessas pacientes.

A conclusão é de um estudo inédito feito por pesquisadores do Hospital Albert Einstein e da Faculdade de Medicina do ABC.

O trabalho foi controlado e envolveu 75 pacientes, divididas em dois grupos: um recebeu 50 mg de extrato seco de guaraná (Paullinia cupana) duas vezes ao dia, e o outro, placebo.

As mulheres foram acompanhadas durante 21 dias. Elas responderam a três questionários que avaliaram seu grau de fadiga.

Ao final, 66% das pacientes do primeiro grupo relataram melhora, contra 13% do grupo controle. No início, o grupo que usou guaraná se queixou mais de insônia, mas o sintoma melhorou nas semanas seguintes.

Tratamento

Segundo Auro del Giglio, oncologista do Einstein e professor da Faculdade de Medicina do ABC, hoje não existe uma terapia padrão para tratar a fadiga em pacientes com câncer.

Recentemente, alguns trabalhos avaliaram o uso de metilfenidato (Ritalina) -remédio usado no tratamento do transtorno de deficit de atenção e hiperatividade- nesses casos, mas não houve resultados positivos.

"O guaraná é efetivo, barato e não é tóxico", diz o oncologista, que pretende testar o extrato da planta para sintomas de outros tipos de tratamento de câncer.v O estudo foi baseado em dissertação de mestrado que será defendida em agosto, feita por Maira de Oliveira Campos, aluna de Giglio.

O próximo trabalho avaliará pacientes com câncer renal que estejam recebendo inibidores da tirosino-quinase, medicações que sabidamente causam fadiga.

Apesar dos bons efeitos do guaraná, a planta ainda não está sendo usada de forma rotineira no Einstein porque os pesquisadores planejam realizar mais dois estudos que confirmem os resultados positivos do primeiro.

Metodologia

Segundo a nutróloga Roseli Sarni, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), do ponto de vista metodológico, a avaliação da fadiga por meio de questionários é limitada porque não há uma validação do método para a realidade brasileira.

Uma das alternativas, diz ela, seria investigar se houve ganho de força por meio de medidas objetivas, usando, por exemplo, um pedômetro, aparelho que conta os passos e a força da pisada.

Além da fadiga, 50% dos pacientes com câncer também sofrem de depressão. O problema piora a qualidade de vida e o prognóstico da doença -porque a adesão ao tratamento cai. O estudo, porém, excluiu mulheres com quadro depressivo.

Misturas

Uma das hipóteses que explicariam o efeito estimulante do guaraná é a presença de 2,5% a 5% de cafeína. As propriedades psicoativas viriam de substâncias (saponinas e taninas) que atuam sobre o sistema nervoso central.

O nutrólogo Edson Credidio, doutor em ciência dos alimentos pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), costuma receitar o guaraná para pacientes com fadiga -provocada ou não por tratamentos oncológicos-, mas faz um alerta sobre a qualidade do produto.

"É comum misturarem pó de madeira ao pó do guaraná. Aí não tem efeito", diz. Para evitar que o produto cause uma hiperestimulação- e efeitos colaterais como a insônia- ele recomenda aos pacientes que usem apenas 50 mg de guaraná logo após o café da manhã.


Fonte:
http://www.nutrionco.com.br/

Gengibre pode ajudar a controlar as náuseas em pacientes em tratamento quimioterápico

O gengibre é uma planta originada da Ásia, que se espalhou pelo mundo devido tanto ao seu sabor picante ao forte quanto às suas propriedades medicinais. Por conter canfeno, felandreno, zingibereno e zingerona, o gengibre tem sido utilizado pela medicina popular para o tratamento da inflamação, para o alívio da dor, e também das náuseas e vômitos, principalmente entre gestantes. Agora uma nova pesquisa realizada com pacientes com câncer, mostrou que o uso do gengibre foi capaz de reduzir as náuseas após a quimioterapia, em 40% da amostra. O tratamento quimioterápico é altamente agressivo e usualmente é acompanhado de diferentes efeitos colaterais (náuseas, vômitos, mal estar, imunossupressão e até infertilidade). As náuseas são muito comuns – até 70% dos pacientes relatam este sintoma – e de difícil controle, por isto estudos com medicamentos ou suplementos que as aliviem são muito benvindos. Os pesquisadores do centro médico da Universidade de Rochester, nos EUA, incluíram no estudo 644 pacientes em tratamento quimioterápico. O gengibre foi utilizado na forma de suplementos. Os compostos ativos do gengibre são absorvidos facilmente e demonstram ainda ação antiinflamatória, o que é altamente benéfico neste grupo de pacientes.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Doutor... ele não come nada! por Dr Stephen Doral Stefani

Colaboração do grande oncologista Stephen Doral Stefani

Doutor... ele não come nada!
Esta é uma das frases mais ouvidas pelo oncologista sobre pacientes com um dos sintomas comuns do câncer. A causa é multifatorial: a doença e o tratamento contribuem para que muitos pacientes realmente reduzam significativamente a ingesta.
A cultura de que “quanto mais se come, melhor” não ajuda muito! Durante décadas ouvimos nossos avós e pais se exclamarem de felicidade quando esvaziávamos o prato. Entendo, portanto, que ver um familiar não conseguir comer gera estresse. O fato é que se estressar e estressar o paciente pioram ainda mais esta tensão.
Deixo 5 sugestões simples e práticas:

1. Estimule mas não brigue! Estresse gerado pelas refeições acabam atrapalhando muito mais do que ajudando;
2. Tente comidas e gostos diferentes... experimentar uma colherada de alguma comida diferente é melhor do que nenhuma das comidas que não estão sendo aceitas.
3. Estabeleça metas sensatas! Existe um limite biológico que nem sempre o paciente consegue ultrapassar.
4. Lembre-se que, em determinado momento, quando a qualidade de vida é a única meta viável, a demanda de alimentos pode ser definida pela “fome do paciente”!
5. Estratégias farmacológicas existem, não são livres de para-efeitos e, portanto, devem ser discutidas com os profissionais envolvidos!

Stephen Doral Stefani
Oncologista do Instituto do Câncer Mãe de Deus
Não é tarefa fácil.... votos que estas contribuições ajudem!

terça-feira, 1 de março de 2011

Dicas para o dia da quimioterapia

Procure alimentar-se pelo menos uma hora antes da quimioterapia, ao invés de ir com o estômago vazio.

Caso sinta vontade de se alimentar, faça isso enquanto estiver recebendo a quimioterapia.

Sempre tenha a mão algum lanchinho, biscoito tipo Cream Cracker, frutas ou suplemento nutricional (prescrito pelo médico e/ou nutricionista) para o momento de espera ou durante o trajeto.

Faça pequenas refeições ao longo do dia e evite beber líquido próximo às refeições, de forma a não distender o estômago.

Evite comidas gordurosas ou frituras.

Mastigue lentamente os alimentos e repouse em posição sentada após as refeições.

Beba suco de frutas gelado ao longo do dia.

Evite ficar exposto a cheiros fortes (fumaça, perfumes, frituras, etc.).

Vista roupas folgadas, evitando comprimir o abdômen.

Lembre-se que os efeitos colaterais da quimioterapia variam de pessoa para pessoa, do tipo de medicamento e dose a ser utilizada.

Tome os medicamentos prescritos pelo seu médico em casa, principalmente se os sintomas persistirem.

Náuseas e vômitos devem sempre ser relatados para que se possa determinar ajuste das medicações às necessidades de cada paciente.Qualquer ocorrência de febre - maior ou igual a 37.8°C, ou calafrios, siga as orientações de seu médico.

Reconheça seus novos limites e os respeite, estabelecendo horários de descanso ao longo do dia.

Adaptado do site: www.nutrionco.com.br